segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Amor em Tempos de Crise

Não é novidade para ninguém que o país e a Europa atravessam uma das mais graves crises financeiras de sempre, que estamos a ficar cada vez mais estragulados e que a breve trecho não teremos dinheiro para os minimos da nossa vida corrente.
Bem sei que é um quadro assustador, mas infelizmente real. Basta recorrer a um qualquer programa de cálculo disponibilizado na internet para se perceber que os nossos vencimentos em termos liquidos, caso o OE seja aprovado na especialidade, vão ser tão baixos que pouco nos ficará para comer.
Considero que esta situação deve ser ponderada por todos, com calma e a frieza necessárias para não se caír em exageros ou desesperos. Nos tempos de crise, somos levados a recorrer à nossa veia mais imaginativa e fazendo um esforço de redução de custos, sobreviveremos.
Eu, reflectindo sobre a minha situação financeira futura, quedo com vontade de chorar e sem vontade de continuar a trabalhar, sendo certo que não tenho direito a qualquer subsídio de desmprego, mas vir trabalhar para nada levar para casa ao fim do mês...
Submerso nestes pensamentos negativos, penso nas duas mulheres da minha vida. A com que casei e a nossa filha. O amor desmedido que lhes tenho, faz-me levantar a cabeça e pensar que nem que tenha que trabalhar na estiva, ou noutro qualquer lugar, valerá sempre a pena, por respeito a elas, a mim e à nossa família.
Nunca o desespero levará a que este braços deixem de mexer ou esta cabeça deixe de pensar num futuro melhor, nem que para isso tenhamos que (i)migrar!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

"O Povo Unido Jamais será Vencido?!"

Assisti com preocupação às manifestações de ontem à noite frente ao Plenário. Todos devemos estar preocupados, pois o Orçamento de Estado para 2013 é um desastre, aconselho que se dê uma breve leitura ao "projecto", para se perceber como desta feita vão mesmo acabar com qualquer réstia de esperança que penso que todos depositamos neste velho "cantinho à beira-mar plantado".
O Dr. Mário Soares, avisou há mais de cinco anos que "por este andar caminhamos a passos largos para uma Guerra Civil". Estava o PS no poder, e por altura do PEC2 já este "animal político" deixava o aviso. Aí está o resultado das Políticas que o mesmo Dr. Mário Soares e subsequentes Governos de competência no mínimo medíocre, têm levado a cabo.
Erro n.º1 - Adesão à CEE;
Erro n.º2 - Acabar, de acordo com os interesses Europeus, com toda a nossa capacidade produtiva, nos diversos sectores de actividade, pescas, agricultura entre outras indústrias, como a dos têxteis no Vale do Ave ou a dos moldes e vidros na Marinha Grande.
Erro n.º3 - Deixar que todos aproveitem, a seu bel-prazer da nossa ZEE (zona económica exclusiva) quer em termos de pescas, quer em exploração de três plataformas petrolíferas que sugam o fundo dos nossos mares, com lucros incalculáveis a troco de uns míseros tostões.
Mas voltando à questão de princípio, que as pessoas se manifestem, que venham para as ruas lutar pelos seus direitos, mesmo que com recurso à força, aceito, diria mesmo que incentivo. A minha questão é, quem é o mentecapto, que ainda vive na Revolução de 74 e grita "O Povo Unido Jamais será Vencido?!" Será que temos de associar sempre qualquer tipo de manifestação aos Comunas? A primeira alteração à Constituição, após o Golpe de Estado será a inserção da Proibição de partidos de Extrema Esquerda ou Direita! A história já nos mostrou em que resultam fanatismos.
Mas será que a imaginação dos portugueses acabou? Não há um slogan diferente? É que assim dão razão ao Passos, quando acusa o Jerónimo de estar com as suas palavras a instigar o recurso à força. Não são comunistas, centristas, socialistas ou sociais-democratas que ali estão para se manifestar, são PESSOAS, livres, conscientes e cada vez mais esclarecidas. PCP mete as garras para dentro que depois do Golpe de Estado, não se vão abrir novamente as portas ao saque e à confusão que se gerou no pós 25 de Abril! Acabou! Eles não comem porque são "boys", mas os "Camaradas" também não! 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O "Luis da Cesta"


Ao ler o nome do blogue, o mais atento, o mais céptico ficaria, naturalmente, com a ideia que este era o blogue de um Luis que tinha uma cesta. Carece por isso de explicação o nome do blogue. Nome que deve ser dividido em duas partes para ser correctamente interpretado e entendido. O Luis Rodrigues Minhoto de gema, com a força de uma junta de bois, a coragem de um leão, a ferocidade de um lobo, a inteligência de cão de fila e um coração do tamanho do Mundo, que conheceu e que, para a data, não foi pouco. Afinal o Rodrigues foi para a América nos anos 30, deixando no Lugar da Cesta (cá está a segunda parte do nome do blogue) sua mulher Ana e sete filhos para criar. Vinha ao "seu Minho" de ano em ano e era um homem simples que enriqueceu no negócio dos hotéis. Quando morreu num trágico acidente, estava prestes a voltar à América com o fito de vender a sua parte dos hotéis aos demais accionistas. Naquele Lugar, o da Cesta, ficou a Viúva Americana ou a Tia Aninhas da Cesta, e os seus sete filhos que mais tarde viriam a seguir as pisadas do pai rumo a destinos longínquos em busca de "melhor Fortuna".

Ora o Rodrigues, o "da Cesta", ressuscita agora, numa altura em que fazem falta Homens que como ele resolvam os assuntos ou com diplomacia ou com umas sacholadas de cabeças em dois.

O Luis, o Rodrigues, o da Cesta, promete!!